Policial diz que matou colega porque sofria perseguição na Polícia Civil do RN

O policial civil Tibério Vinicius Mendes de França confessou ter matado a tiros o colega de profissão Iriano Serafim Feitos. Durante seu depoimento no júri popular, Tibério de França alegou que cometeu o assassinato porque sofria perseguição na Polícia Civil, por denunciar esquemas de um núcleo criminoso dentro da instituição.

O júri popular, que é presidido pela juíza Eliana Alves Marinho, começou na manhã desta segunda (11) no Tribunal do Júri do Fórum Miguel Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul da capital potiguar.

Segundo Tribunal de Justiça, o Ministério Público pede a condenação do policial pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima) no caso de Iriano, e também por tentativa de homicídio (igualmente qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa) contra a mulher de Iriano, a advogada Ana Paula da Silva Nelson, que também foi baleada.
Tibério Vinícius França foi preso em Pernambuco (Foto: Divulgação/PF)
Ela, que estava no carro junto com o marido, foi socorrida e escapou do atentado ferida na perna esquerda e no tórax. Ana Paula acompanha todo o júri nesta segunda (11).

O crime

Iriano foi assassinado no dia 3 de fevereiro de 2016 no conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. Ele e a mulher dele passavam de carro pela Av. Xavantes quando foram atacados. “Esse policial (Tibério França) se aproveitou de um descuido do meu marido. Ele se aproximou sozinho em uma moto e, sem parar, efetuou vários disparos”, relatou a esposa, a advogada Ana Paula Nelson. O casal foi socorrido, mas Iriano morreu logo após dar entrada no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.

Tibério foi preso no dia 22 de março do mesmo ano, mas conseguiu fugir da prisão em junho. Ele acabou sendo recapturado no mês seguinte no município de Cabrobó, no sertão de Pernambuco.
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