Salas de aula superlotadas e sem climatização. Falta de professores. Problemas elétricos e estruturais. Transportes escolares em péssimo estado. Esses foram alguns dos problemas relatados por estudantes e professores da rede pública do Estado, em audiência pública realizada nesta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa. Proposto pelo deputado Mineiro Lula (PT) após solicitação de estudantes secundaristas, o debate girou em torno do tema “A situação das escolas da rede pública do Rio Grande do Norte”.
“O objetivo dessa discussão é chamar a atenção da sociedade para a situação precária das escolas estaduais no Estado. É preciso que a sociedade cobre do Governo as condições e estruturas necessárias. Só assim essa realidade pode ser modificada. É importante que a população busque seus direitos, para que os alunos possam frequentar as escolas e os professores e funcionários tenham condições adequadas de trabalho”, argumentou Mineiro.
Segundo o presidente da União dos Estudantes Secundaristas Potiguares (UESP), Marcos Alexandre Santos, a luta contra a precarização das escolas estaduais do RN é constante. “Na última greve dos professores, uma das reclamações foram justamente as péssimas condições estruturais das escolas. Por todo o município de Natal, os alunos vivenciam problemas, como janelas quebradas, falta de ventiladores, ausência de quadra poliesportiva coberta, transportes superlotados. E a lista não para por aqui”, relatou o estudante.
Para Marcos Alexandre, a escola é muito mais que uma sala de aula; é um local para se ter acesso ao conhecimento, ao esporte, ao lazer. O presidente da UESP cobrou ainda um calendário de reformas nas escolas norte-rio-grandenses. “Precisamos de uma resposta imediata do Governo, para podermos ter uma tranquilidade maior e conseguir ter acesso a uma educação de qualidade, que é nosso direito”, desabafou.
Já Lauanda Pedrita, diretora da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES) de Natal, falou da importância de se priorizar os alunos que estão se evadindo das salas de aula. “Os estudantes às vezes resolvem deixar a escola devido à falta de estrutura, de professores, de merenda. Além disso, existe a questão dos ônibus escolares quebrados e superlotados. Muitos saem percorrendo as cidades do interior e chegam a levar 400 alunos de uma vez. Isso é um absurdo”, relatou a estudante.
Dando ênfase à relevância de uma boa estrutura nas escolas para propiciar condições adequadas de ensino e de aprendizagem, o Diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE/RN), professor Miguel Salusto, embasou seu discurso com dois exemplos práticos. Primeiro ele relatou a ocorrência de um incêndio, causado por danos elétricos, numa sala de aula da Escola Pedro Alexandrino, localizada no município de São Pedro, no último fim-de-semana.
No segundo relato, Miguel Salusto falou em tom de indignação. “Numa escola da zona norte de Natal, um professor de física resolveu fazer uma experiência e medir a temperatura da sala de aula de uma turma do ensino médio, no turno da tarde. O termômetro marcou impressionantes 39 graus. É impossível absorver qualquer conteúdo desse jeito”.
Outros docentes, em discursos incisivos, revelaram precisar utilizar seus próprios recursos para adquirir retroprojetores, ventiladores e materiais didáticos para seus alunos.
Em resposta aos relatos e questionamentos dos estudantes e professores, a representante da Secretaria Estadual da Educação e da Cultura (SEEC), Cláudia Santa Rosa, informou que, na época em que assumiu o cargo, não havia nenhum projeto estruturante para as escolas estaduais.
“Desde que assumimos a secretaria, já criamos seis programas educacionais, dentre eles o ‘Promédio’. Estamos sempre buscando reduzir as reprovações, melhorar o desempenho dos alunos em matérias básicas, como português e matemática, além de ajustar os estudantes nas turmas adequadas para as suas idades”, esclareceu Cláudia Rosa.
A secretária disse ainda que, em 2017, foi implantado o “Escola em Tempo Integral” para o ensino médio de 29 escolas estaduais.
Com relação à falta de professores, ela falou que essa carência pode ocorrer, também, devido a aposentadorias e licenças, mas que já existe um concurso vigente a fim de suprir parte das necessidades.
A respeito das reformas das instituições de ensino e das manutenções dos ônibus escolares, a representante da SEEC explicou que “há um contrato vigente de 13 milhões de reais para a realização de serviços de manutenção e construção de dezenas de escolas. Já sobre os transportes, estamos marcando as manutenções preventivas para o período de recesso escolar”.
“O objetivo dessa discussão é chamar a atenção da sociedade para a situação precária das escolas estaduais no Estado. É preciso que a sociedade cobre do Governo as condições e estruturas necessárias. Só assim essa realidade pode ser modificada. É importante que a população busque seus direitos, para que os alunos possam frequentar as escolas e os professores e funcionários tenham condições adequadas de trabalho”, argumentou Mineiro.
Segundo o presidente da União dos Estudantes Secundaristas Potiguares (UESP), Marcos Alexandre Santos, a luta contra a precarização das escolas estaduais do RN é constante. “Na última greve dos professores, uma das reclamações foram justamente as péssimas condições estruturais das escolas. Por todo o município de Natal, os alunos vivenciam problemas, como janelas quebradas, falta de ventiladores, ausência de quadra poliesportiva coberta, transportes superlotados. E a lista não para por aqui”, relatou o estudante.
Para Marcos Alexandre, a escola é muito mais que uma sala de aula; é um local para se ter acesso ao conhecimento, ao esporte, ao lazer. O presidente da UESP cobrou ainda um calendário de reformas nas escolas norte-rio-grandenses. “Precisamos de uma resposta imediata do Governo, para podermos ter uma tranquilidade maior e conseguir ter acesso a uma educação de qualidade, que é nosso direito”, desabafou.
Já Lauanda Pedrita, diretora da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES) de Natal, falou da importância de se priorizar os alunos que estão se evadindo das salas de aula. “Os estudantes às vezes resolvem deixar a escola devido à falta de estrutura, de professores, de merenda. Além disso, existe a questão dos ônibus escolares quebrados e superlotados. Muitos saem percorrendo as cidades do interior e chegam a levar 400 alunos de uma vez. Isso é um absurdo”, relatou a estudante.
Dando ênfase à relevância de uma boa estrutura nas escolas para propiciar condições adequadas de ensino e de aprendizagem, o Diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE/RN), professor Miguel Salusto, embasou seu discurso com dois exemplos práticos. Primeiro ele relatou a ocorrência de um incêndio, causado por danos elétricos, numa sala de aula da Escola Pedro Alexandrino, localizada no município de São Pedro, no último fim-de-semana.
No segundo relato, Miguel Salusto falou em tom de indignação. “Numa escola da zona norte de Natal, um professor de física resolveu fazer uma experiência e medir a temperatura da sala de aula de uma turma do ensino médio, no turno da tarde. O termômetro marcou impressionantes 39 graus. É impossível absorver qualquer conteúdo desse jeito”.
Outros docentes, em discursos incisivos, revelaram precisar utilizar seus próprios recursos para adquirir retroprojetores, ventiladores e materiais didáticos para seus alunos.
Em resposta aos relatos e questionamentos dos estudantes e professores, a representante da Secretaria Estadual da Educação e da Cultura (SEEC), Cláudia Santa Rosa, informou que, na época em que assumiu o cargo, não havia nenhum projeto estruturante para as escolas estaduais.
“Desde que assumimos a secretaria, já criamos seis programas educacionais, dentre eles o ‘Promédio’. Estamos sempre buscando reduzir as reprovações, melhorar o desempenho dos alunos em matérias básicas, como português e matemática, além de ajustar os estudantes nas turmas adequadas para as suas idades”, esclareceu Cláudia Rosa.
A secretária disse ainda que, em 2017, foi implantado o “Escola em Tempo Integral” para o ensino médio de 29 escolas estaduais.
Com relação à falta de professores, ela falou que essa carência pode ocorrer, também, devido a aposentadorias e licenças, mas que já existe um concurso vigente a fim de suprir parte das necessidades.
A respeito das reformas das instituições de ensino e das manutenções dos ônibus escolares, a representante da SEEC explicou que “há um contrato vigente de 13 milhões de reais para a realização de serviços de manutenção e construção de dezenas de escolas. Já sobre os transportes, estamos marcando as manutenções preventivas para o período de recesso escolar”.