Foto: AM Press & Images
A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu nesta quinta-feira (17) arquivar o pedido de admissibilidade de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Com a decisão, as investigações do MP-RJ e da Polícia Civil sobre um suposto “QG da propina” na administração municipal não serão sequer analisadas pelos vereadores.
A denúncia contra o prefeito é baseada na delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso na Operação Câmbio, Desligo. A partir das informações de Mizrahy a polícia chegou a Rafael Alves que, de acordo com o doleiro, era o operador financeiro de um esquema criminoso que funcionava na prefeitura carioca.
“A caneta é minha”
O QG da propina foi o nome dado ao esquema supostamente chefiado pelo empresário Rafael Alves. As investigações apontaram para a presença de uma organização criminosa que negociava propinas em troca de vantagens em pagamento de dívidas em atraso com o município e ações de órgãos municipais, como no caso da demolição de parte da casa do senador Romário e o rebaixamento de duas escolas de samba no Carnaval 2018, situações revertidas após intervenção de Rafael Alves.
Mensagens encontradas pelos policiais em telefones do empresário ele se gaba de ser o dono da caneta de Marcelo Crivella. “Assim, todos viram que quem manda sou eu e ponto. A caneta é minha, não de A ou B, e sim só minha”, afirmou.
O irmão de Rafael, Marcelo Alves, ocupou a presidência da empresa de turismo do município do Rio de Janeiro, a Riotur, até março deste ano, quando foi exonerado após a Operação Hades. Esse foi o quarto pedido de impeachment de Marcelo Crivella.
O TEMPO
