Polícia Civil comemora Dia Estadual da Policial Feminina

Programação é composta por live e galeria com mulheres pioneiras na Instituição
Imagem Internet
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está comemorando, pela primeira vez, nesta sexta-feira (11), o Dia Estadual da Policial Feminina, data instituída no Calendário Oficial do Estado, por meio da Governadora Fátima Bezerra, através da Lei de nº 10.764, que entrou em vigor no dia 25 de agosto. A data, que deverá ser celebrada anualmente no dia 11 de setembro, tem grande importância, uma vez que as mulheres ainda são minoria na Instituição; atualmente, a Polícia Civil do RN conta com 291 policiais femininas: 30 delegadas, 84 escrivães, 177 agentes.

Em alusão à data, a Instituição promoverá, em suas redes sociais (Instagram: policiacivilrn) uma live com a delegada-geral, Ana Cláudia Saraiva, na qual falará acerca da “Representatividade da mulher na polícia”; uma galeria será inaugurada no dia 16 de setembro, retratando o pioneirismo das policiais femininas de carreira da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, nomeadas no Diário Oficial do Estado, de 28 de outubro de 1982, da primeira Secretária de Segurança do Estado do Rio Grande do Norte, Kalina Gonçalves Leite, e da primeira delegada-geral da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, Suerda Valéria Maciel de Araújo Cruz.

"A ideia de registrar a trajetória das policiais civis pioneiras, mulheres extremamente fortes e competentes, em uma galeria nas instalações de nosso prédio, veio em um momento bastante oportuno: a primeira comemoração alusiva ao Dia Estadual da Policial Feminina. Agradeço a todas que vieram antes de mim e que lutaram para que, quando eu chegasse, pudesse ter mais voz dentro desta Instituição que tanto me empenho para melhor servir à sociedade", ressaltou Ana Cláudia Saraiva.

Com 28 anos de trajetória na Polícia Civil, a delegada Ilzeny Maria de Morais, integrante da primeira turma de escrivães de Polícia Civil do RN, assumiu o cargo de escrivã em 1982 e, em 1985, de delegada, onde ainda está em atividade. Atualmente lotada no gabinete da delegada-geral, ela destaca que vê a rotina profissional como um grande desafio, mas muito gratificante ao saber que seu papel contribui para o bem estar da sociedade. 

“Muitas oportunidades, percebi que precisava promover, constantemente, qualificações, para desempenhar meu serviço da melhor maneira possível. Saber lidar com pessoas, dar o meu melhor para que o meu trabalho seja produtivo e eleve o nível de eficiência da organização”, pontuou, Para ela, integrar a primeira turma de polícia de carreira foi uma honra, um privilégio. “Senti que pude inspirar outras pessoas a correr atrás de seus sonhos. A minha inspiração de mulher foi minha mãe. Ficou viúva muito cedo e teve que sustentar a família com muito sacrifício”. 

Ainda segundo a delegada Ilzeny Maria, para sua mãe o trabalho era um meio de expressar o zelo pelas pessoas, demonstrando amor pelo que fazia (seja qual fosse o trabalho). “Ela tinha orgulho das tarefas que desempenhava e gostava muito de aprender coisas novas. Não havia 'tempo ruim' para ela. Tudo que ela se propunha a fazer fazia com muita dedicação. Essas atitudes me ensinaram o valor do trabalho, o quanto ele nos dignifica e o quanto é prazeroso realizar atividades que contribuam para o bem estar das pessoas”, destacou.

A primeira turma contou apenas com oito mulheres que assumiram o cargo de agente. Na época, para Maria Leonor da Silva, agente da turma de 1982, o primeiro maior desafio foi exercer a própria profissão: a função de policial. "Logo na minha entrada, deparei-me com a barreira do preconceito, mesmo que de forma tangenciada. Desejavam que nós ficássemos restritas às atividades burocráticas. Eu, fortemente, não desejava isso. Tinha passado no concurso visando minha atuação operacional; esse era o meu grande sonho". Para isso, ela conta que não mediu esforços para conquistar o respeito e o apoio de todos que integravam a Instituição. 

Além disso, Maria Leonor ressalta que, por compor a primeira turma, sentia uma grande responsabilidade no papel de fomentar em outras mulheres a busca de seus objetivos. Ela afirma ainda que, quem deseja ingressar na PCRN, pode se dedicar e procurar, verdadeiramente, formas eficazes de conquistar seus sonhos, pois, vale a pena. "Passei 35 anos na minha profissão porque era o que desejava realizar diariamente e, quando é algo que queremos, que sentimos amor, fazemos muito bem feito", evidenciou.

A delegada-geral, Ana Cláudia Saraiva, deixou uma mensagem especial a todas às mulheres que desejam ingressar na Instituição: “ser policial nos traz muitos desafios, mas, quanto maiores os desafios, maiores são as recompensas. É extremamente realizador, pois são inúmeras as oportunidades de aprendizagem”. Por isso, destacou também que deseja que, cada vez mais, mais mulheres estudem para o próximo concurso, pois a Instituição estará por aguardando por todas elas. 
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Polícia Civil/RN – SECOMS.
Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato