Pazuello entendeu que cometeu um erro, diz Mourão sobre ato no Rio

Ex-ministro da Saúde participou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, de manifestação no Rio de Janeiro no domingo (23)
Da CNN, em São Paulo
O vice-presidente Hamilton Mourão disse na manhã desta segunda-feira (24) o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, "entendeu que cometou um erro" ao participar de um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo (23), no Rio de Janeiro. Segundo Mourão, Pazuello também já teria entrado em contato com o comando do Exército.

"Acho que o episódio será conduzido à luz do regulamento, isso aí tem sido muito claro em todos os posicionamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa. Eu sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro", disse Mourão.

Para o vice-presidente, a participação de Pazuello, um general da ativa, em um ato com apoiadores do presidente é algo que tem que ser resolvido internamente pelo Exército.

"Essa é uma questão interna do Exército que precisa ser resolvida por ele, de acordo com os nossos regulamentos. O regulamento disciplinar do Exército prevê que se avalie a transgressão cometida e que se aplique uma punição prevista para o caso”, falou aos jornalistas.

Segundo Mourão, sobre manifestação de cunho político, "o Regulamento (Disciplinar do Exército) prevê que o Comandante enquadrante faça a entrega ao militar uma ficha de apuração de transgressão disciplinar, onde está descrito o fato. Ele tem até 72 horas para apresentar suas razões de defesa e, a partir daí, o Comandante analisa, a luz de fatores agravantes e atenuantes e aí as punições vão de advertência até a prisão".

Sobre a aplicação de alguma punição a Pazuello, Mourão respondeu: "É provável que seja, é uma questão interna do Exército. Ele também pode pedir transferência para a reserva e atenuar o problema".

Já sobre o presidente, Mourão evitou fazer comentários. "Não comento atos do presidente Jair Bolsonaro porque eu considero antiético".
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