Novas regras do Pix começam a valer nesta segunda (4). Saiba o que muda

Novidades visam aumentar a segurança do sistema após relatos de golpes e outros crimes envolvendo a modalidade de pagamentos.
As novas regras do Pix começam a valer nesta segunda-feira (4), em meio aos primeiros vazamentos de dados e aos crescentes relatos de golpes aplicados utilizando a ferramenta. As mudanças visam melhorar a segurança do sistema instantâneo de pagamentos.

A partir de hoje, está estabelecido o limite de R$ 1 mil para transferências realizadas entre oito horas da noite e seis horas da manhã — medida que, segundo o Banco Central (BC), deve coibir criminosos.

A mudança valerá tanto para pessoas físicas quanto para microempreendedores individuais (MEIs) e para transferências entre contas do mesmo banco e cartões de débito (as TEDs). O usuário terá a opção de alterar os limites de transferências, bem como o cadastro prévio de contas que poderão ultrapassar o valor de R$ 1 mil.

A partir de hoje, muda também o prazo para que os bancos atendam ao pedido de aumento de limite do Pix. Antes, o período variava entre uma hora e um dia útil, agora, passa a ser de 24 horas a 48 horas.

Em nota, o BC afirma que as empresas não serão afetadas pela medida.

A limitação das transações de pessoas físicas havia sido anunciada em agosto pelo BC para reduzir os casos de sequestros e roubos noturnos, após pedidos das próprias instituições financeiras.

Para Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Segurança Digital, as medidas do Pix que entrarão em vigor a partir desta data não são o suficiente.

“Em caso de sequestro relâmpago, por exemplo, o criminoso pode manter a vítima refém por mais tempo, até o horário que a transação financeira será efetivada. Mas isso não é motivo para alarmar a população e deixar de acreditar na efetividade da ferramenta Pix”, afirma Igreja.

“Hoje, já são mais de 73 milhões de brasileiros que utilizam o sistema para transações bancárias. O problema não está na ferramenta, mas no avanço cada vez maior da engenharia social. Infelizmente, os golpes digitais e a criminalidade acompanham o avanço da tecnologia”, diz.

No entanto, para Igreja, “cada vez mais o BC implementará medidas que tornarão o sistema ainda mais seguro”.
Fonte: CCN Brasil
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