Ocupação de leitos de UTI está acima de 80% em 10 estados e Distrito Federal

Paciente com Covid-19 é tratado em UTI de hospital em Porto Alegre.Reuters/Diego Vara (14/01/2022)
CNN - O agravamento da pandemia impulsionado pelo avanço da variante Ômicron no Brasil levou 10 estados e o Distrito Federal a uma ocupação de leitos de UTI acima da casa dos 80%.

Os dados são de um levantamento feito pela CNN junto às Secretarias de Saúde dos Estados.

As unidades da federação com maiores índices de ocupação são:
Distrito Federal – 95,29%
Mato Grosso do Sul – 97%
Sergipe – 93,21%
Goiás – 88,13%
Pernambuco – 88%
Rondônia – 86,20%
Piauí – 85,70%
Mato Grosso – 85,49%
Amapá – 84,62%
Rio Grande do Sul – 82%
Espírito Santo – 81,27%

Nesta quarta-feira (2), foram registrados 172.903 novos casos de Covid-19 e 893 óbitos decorrentes da doença, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Desde 12 de janeiro o Brasil vem registrando aumento na média móvel de mortes por Covid-19. O patamar atual, de 650 mortes por dia, é o mais alto desde 31 de agosto do ano passado.

Média móvel é a média dos últimos sete dias. A métrica é utilizada para evitar distorções causadas pelas subnotificações nos finais de semana.

No total, o Brasil acumula 25.793.112 casos de Covid-19 e 628.960 óbitos decorrentes da doença desde o início da pandemia.
“É preciso abrir mais leitos”

No dia 31 de janeiro, quando o Brasil registrou o recorde de 1 milhão de casos semanais de Covid-19, a especialista em gestão de saúde pública, Lígia Bahia, avaliou à CNN que ainda há potencial de expansão da variante Ômicron do coronavírus pelo país – especialmente em direção ao interior.

Para a especialista, é necessário “se antecipar” a esse novo movimento da pandemia a fim de prevenir colapsos nos sistemas de saúde, seja nas enfermarias ou nos Centros de Terapia Intensiva (CTI).

“Temos um prognóstico mais favorável, a gente imagina que já tenha platô [de casos] nas cidades, mas a Ômicron está interiorizando. Uma pandemia tem uma dinâmica. O que a gente precisa fazer é se antecipar a ela: como sabe que está se interiorizando, temos que abrir leitos nesses locais”, declarou.

Para a especialista, ainda falta “coordenação, planejamento e capacidade de antecipar uma resposta” por parte dos sistemas de saúde.
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