Segundo turno entre Lula e Bolsonaro vai depender de taxa de rejeição, avalia cientista político

Para Antônio Lavareda, capacidade de recuperação do atual governo nas pesquisas só será conquistada com mudança de percepção dos rumos da economia.
Por g1
Pesquisas de intenção de voto mostram que Jair Bolsonaro retomou o fôlego na disputa pelas eleições presidenciais. Mas as taxas de rejeição do presidente nas pesquisas para o Planalto continuam expressivas. Na avaliação do cientista político Antonio Lavareda essas são porcentagens que devem definir como será o segundo turno.

"Se você notar a diferença [de intenção de votos] do segundo turno entre Lula e Bolsonaro é muito assemelhada a diferença de rejeição de ambos."

Para o professor colaborador da Universidade Federal de Pernambuco, a percepção econômica é o que deve definir a capacidade de recuperação de Bolsonaro.

"Estamos falando em condições de vida das pessoas. Só um movimento vigoroso na percepção da população brasileira sob o rumo da economia nacional pode alterar substancialmente a atual correlação de forças", diz Lavareda em entrevista a Renata Lo Prete.

Para o cientista político, estreita-se a chance de uma terceira via vingar. A exceção de Ciro, todos os outros aspirantes representam o campo que apoiou Bolsonaro em 2018: “no qual todos votaram”, lembra Lavareda. E é com o atual presidente que disputam voto. Ele sinaliza como, ao contrário de 2018, quando o antipetismo foi a principal força política, agora o que está em jogo é o recall do governo Bolsonaro: “toda eleição conversa com a anterior”.
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