'Carlos seria o candidato natural da oposição ao governo', diz Ezequiel

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB) falou, na viagem que fez ao interior no fim de semana, sobre os motivos de não ter aceito convites para concorrer ao Governo do Estado nas eleições deste ano. “Não houve uma escolha por minha candidatura; houve, diante da impossibilidade de dois nomes (Carlos Eduardo e Álvaro Dias)”, disse Ezequiel, em uma entrevista à rádio Minha Vida, no município de Martins, região Oeste do Rio Grande do Norte.

Ezequiel Ferreira destacou que há dois anos andou o Estado preparando-se para continuar sendo deputado estadual.

Ele afirmou também que o candidato natural da oposição seria, inicialmente, o ex-prefeito Carlos Eduardo. “Precisamos deixar claro que o candidato natural de oposição seria o que foi derrotado pela governadora em 2018, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves”, apontou.

“Depois, o candidato, se não fosse ele (Carlos Eduardo), o que aparecia com maior potencial, seria o prefeito Álvaro Dias (PSDB), de Natal”, destacou o deputado tucano, que ponderou: “Mas a governadora do Estado, ao trazer Carlos Eduardo para ser o seu candidato a senador, não só tirou um possível adversário, como pregou na cadeira o outro que poderia ser um grande adversário, que era Álvaro Dias, porque a vice de Álvaro, que se chama Aila Cortez, foi indicação de Carlos Eduardo”.

Então, disse Ezequiel Ferreira em Martins, onde esteve na sexta-feira (13), “se Carlos Eduardo sendo senador de Fátima, tem como adversário Álvaro, assumiria Aila e juntariam a força da prefeitura de Natal com a força do governo do Estado”.

Presidente estadual do PSDB, Ezequiel Ferreira afirmou que agradece “a inúmeras lideranças políticas e ao povo do Estado, que lembraram” do seu nome. “Tive a alegria de ver, inclusive em umas das pesquisas, 11 pontos percentuais sem nunca ter tido que era pré-candidato a governador e nem ter tido que não era”, lembrou.

Ele acrescentou ainda que “teve a satisfação de ver isso, talvez fruto da relação com lideranças políticas do Estado, da correção e da forma de acreditar na política como o instrumento de fazer o bem comum”.

Para Ezequiel Ferreira, “sem dúvida nenhuma, não tem político do Estado que não queira um dia ter a oportunidade de um dia ser governador do seu Estado”.

Porém, continuou o deputado, “na vida política, às vezes a pessoa tem de dar um prazo para trás, como qualquer coisa na vida, para dar dois para frente”,

Por essa razão, o presidente estadual do PSDB, disse que analisou todo o quadro político e preferiu, mesmo tendo pesquisas qualitativas e quantitativas em mãos, não aceitar a pré-candidatura majoritária: “Sou grato às lideranças políticas do Estado, prefeitos, vice-prefeitos, aos amigos e ao cidadão comum, homens e mulheres, jovens, que defenderam o meu nome nas pesquisas eleitorais, mas achei que o momento poderia não ser esse, por uma série de fatos”.

O deputado acrescentou que “na vida a gente faz o nome pela correção e pela lealdade, e a política tem de ter mão de ida e mão de vinda e eu sou uma pessoa, que graça a Deus, posso andar o Rio Grande do Norte, olhando nos olhos das pessoas, porque nunca enganei ninguém”.

Segundo o deputado, o seu nome surgiu para o governo “talvez por isso, por essa capilaridade de relação com a classe política”. “Quando falaram o meu nome, que não fui eu que ventilei, vinte deputados disseram que poderiam ficar comigo, e um número enorme de prefeitos”, citou.

O deputado também avaliou o momento político e afirmou haver “uma radiografia mais visível do que pode acontecer antes das convenções”, que serão “uma hora de maiores definições, porque serão apresentados, oficialmente, os partidos que vão se coligar”.
Tribuna do Norte
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