Homem que apoiava Bolsonaro mata defensor de Lula em discussão sobre política em MT, diz polícia

Apoiador de Bolsonaro deu ao menos 15 facadas e tentou decapitar defensor de Lula, diz delegado
Delegado Victor Oliveira investiga assassinato em Confresa (MT) — Foto: Reprodução
G1 - Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, matou colega de trabalho motivos políticos e está preso preventivamente. Não houve ingestão de bebida alcoólica antes da discussão, segundo a Polícia Civil.

O delegado Victor Oliveira, em entrevista ao g1 e à TV Centro América, informou que Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, apoiador do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL), que assassinou o apoiador do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula, Benedito Cardoso dos Santos, não haviam ingerido bebida alcóolica antes da discussão e que o autor deu ao menos 15 facadas na vítima e tentou deceptá-la.

O autor está preso e deve ser transferido na tarde desta sexta-feira (9) para um presídio de Porto Alegre do Norte, que fica a cerca de 20 km de Confresa. Ele tem passagens na polícia por estelionato e tentativa de estupro.
O crime aconteceu em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa, cidade a 1.160 km da capital Cuiabá. — Foto: Policia Civil
O clima político no município, ainda conforme o delegado, é tranquilo, trata-se de "um caso isolado". Não há registros de ocorrências semelhantes ao caso.

O crime aconteceu na quarta-feira (7), durante uma discussão por opiniões políticas divergentes. Eles trabalhavam juntos no corte de lenha para uma cerâmica em uma propriedade na zona rural do município. O autor, depois de levar um saco, deu ao menos 15 facadas em Santos e um golpe de machado no pescoço dele, na tentativa de decaptá-lo.

“Eles haviam acabado de jantar e fumavam um cigarro juntos, quando começaram a discussão. Os dois estavam sozinhos no barraco onde moravam”, informou o delegado. Segundo ele, não houve ingestão de bebida alcoólica.

A vítima, que não tinha passagens pela polícia, ainda conforme o delegado, trabalhava há mais tempo no local do que o autor, que morava em Confresa, mas havia chegado à propriedade recentemente.

O caso foi encaminhado à Defensoria Pública, que deve designar um defensor para acompanhar o processo. Até o momento, o g1 não conseguiu contato com o órgão.
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