Equipe do Memorial do Legislativo visita obras da futura sede

Servidores do Memorial do Legislativo visitaram o Solar Tavares de Lira, que está em obras para se transformar na nova sede e abrigar o acervo de peças que compõem o seu patrimônio histórico.

No local foi feito um trabalho de escavação do terreno, sob a responsabilidade do professor Jeronymo Tinôco. Essa prospecção tem por objetivo investigar a presença e resgatar objetos antigos no local. Na prospecção foram encontrados um relógio e uma maçaneta. O professor estava acompanhado dos servidores do Memorial, Fábio Cortez, historiador e Plínio Sanderson, curador.

“A prospecção é uma parceria entre o Memorial da Cultura com os gestores do Centro Histórico. E a importância é a gente entender um pouco mais sobre a história do lugar através dessa prospecção onde podemos detectar tanto no solo quanto nas paredes os vestígios de objetos que foram deixados nesses mais de 100 anos de construção da casa”, afirmou Plínio.

Segundo ele, como o terreno é muito extenso, a escavação está sendo feita por áreas, começando pelo quintal e em seguida será realizada em outros cômodos. “Essa casa é secular e seria alvissareiro encontrarmos vestígios das pessoas que passaram pelo local”, afirma Plínio.

O prédio está situado na Avenida Câmara Cascudo, na Cidade Alta, e será mais um instrumento do Legislativo para preservação da cultura e da história potiguar.

O casarão integrava o complexo de prédios da Fábrica de Fiação e Tecidos Natal (primeira indústria do RN, 1888), pertencente a Juvino e Inês Barreto. Presenteada a sobrinha Sofia que casou com Augusto Tavares de Lyra, que eleito governador (1904), estabeleceu ali residência.

Em 1925, repartido em lotes, a casa foi vendida ao dr. José Calixtrato Carrilho de Vasconcelos, deputado estadual na primeira Constituinte Republicana (1891) e em Legislaturas posteriores.

Herdado pela filha única do casal Alice Carrilho de Góis e professor Ulisses Celestino de Góis, em 1979, repassaram a casa para a Arquidiocese de Natal. A casa que também abrigou o jornal A República está fechada desde meados dos anos 1990 e por último foi ocupada pela comunidade Shalom.
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