Ciro e Tebet, que reprovaram governo Lula durante campanha, aderiram ao lado do ex-presidente; após acusar Bolsonaro de interferência política na PF, Moro volta a apoiar chefe do Executivo
Candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL)Arte CNN
Daniel Reis - CNN
Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que avançaram para o segundo turno no último domingo (2), tentam agora conquistar o maior número possível de declarações de apoio. Antigos críticos dos candidatos têm deixado as divergências de lado e se posicionado na disputa.
Com uma coleção de declarações de reprovação ao petista, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), derrotados no primeiro turno presidencial, integram a lista dos que criticavam Lula e, agora, dão suporte a sua candidatura.
No caso de Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União-PR), que deixou o governo levantando suspeitas de interferência do presidente na Polícia Federal (PF), manifestou apoio à chapa.
Ciro Gomes disse que Lula pratica “fascismo”
Ex-ministro do governo Lula, Ciro Gomes começou a se opor ao petista durante a pré-campanha e foi aumentando o tom ao passo que o primeiro turno se aproximava.
O pedetista chegou afirmar, em julho, que as investidas do PT para tentar obter apoio do MDB eram “uma “prática fascista de invadir o partido dos outros e tirar o direito dos outros participarem das eleições”. Segundo Ciro, o objetivo da campanha de Lula era fazer com que os emedebistas abandonassem a candidatura de Simone Tebet para apoiar o petista.
Nesse contexto, Ciro também chegou a comparar a campanha petista com o nazismo.