“Fui abandonado”, diz empresário bolsonarista que armou atentado no DF

O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, diz ter sido abandonado pelos colegas, principalmente em relação aos grupos que estão acampados em frente ao QG do Exército. A revelação foi feita em gravação depois que o terrorista já estava preso.

George foi preso na noite de sábado (24/12), horas após as forças de segurança recolherem o explosivo colocado em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. O terrorista confessou ter montado o artefato sozinho.

No acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, bolsonaristas tentam descolar a imagem do terrorista com o movimento. Segundo os campistas, George nunca esteve na manifestação do QG e seria um “falso bolsonarista”.

O criminoso também planejava um atentado para o dia da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse ter atuado como “pacificador” na manifestação em frente à Polícia Federal em 12 de dezembro.

“Naquela confusão, me posicionei entre uma barreira feita pelo Batalhão de Choque da PM e o ‘pessoal’. Fui acalmar os ânimos e cheguei a pedir calma aos policiais do choque”, contou.

George ainda confirmou que o bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues, apontado comparsa e suspeito de atuar na organização de atentados a bomba em Brasília, esteve no quebra-quebra promovido há duas semanas por apoiadores de Jair Bolsonaro na região central da capital do país. “O Alan era um dos cabeças que estava à frente dos ataques na frente da PF”, garantiu.

Ele ainda detalhou que no começo desconfiava das atitudes de Alan Rodrigues. “Falavam que esse Alan era do município de Comodoro, no Mato Grosso. Sempre me esquivei. Nunca confiei nesse rapaz. Algumas pessoas no QG chegaram a me falar que poderia ficar tranquilo e que poderia confiar nele”, relatou.
Metrópoles
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