André Garcia recorreu a seu antecessor na pasta, Rafael Velasco, para pedir ajuda sobre em quem confiar ou não na pasta
A crise gerada pela fuga dos dois presos em Mossoró fez o secretário de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, ter de recorrer a seu antecessor na pasta, Rafael Velasco, para pedir ajuda sobre em quem confiar ou não na pasta que estava assumindo.
O pedido de ajuda foi considerado necessário por Garcia por ele ter assumido em meio à pior crise do sistema penitenciário federal, e ele não ter interlocutores de confiança na pasta.
A propósito, um aspecto ainda pouco explorado no episódio da fuga foi a escala de plantão dos funcionários dos presídios federais. Dada a sensibilidade do tema, Velasco acompanhava de perto a formação das escalas de todos os presídios federais, para ter confiança em quem estava responsável pelas penitenciárias.
Garcia tinha acabado de assumir e não tinha essa prática.
(Atualização, às 20j40 de 5 de março de 2024. O Ministério da Justiça enviou nota à coluna em que negou que o pedido de ajuda a Velasco tenha ocorrido. “O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Garcia, considera válido e importante o auxílio de pessoas que atuam ou passaram pela Pasta, agregando experiência e visão estratégica à ação de captura dos dois fugitivos do Penitenciária Federal de Mossoró (RN). No entanto, afirma que não tratou do assunto com o ex-secretário da Senappen, Rafael Velasco”, disse a nota. “Garcia exalta a competência do corpo técnico da Secretaria e a confiança na equipe, com quem mantém reuniões frequentes para avaliar a operação e reparar falhas, o que vem ocorrendo desde o dia da fuga dos detentos. O secretário também reafirma a competência de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Penal Nacional e Força Nacional, além de corporações locais, que desempenham suas funções em compromisso com o país e seus valores”, completou o ministério.)
Fonte: Metrópoles