O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse em entrevista ao G1 e à CBN, nesta quarta-feira (19), que "o Brasil não suporta mais um presidente fraco, um presidente sem autoridade, um presidente que tenha que consultar o seu mentor", em referência ao PT.
O pedetista ficou estável na última pesquisa Ibope, com 11%, e viu Fernando Haddad (PT) ultrapassá-lo e se isolar na segunda colocação com 19%, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), com 28% (veja os números completos da última pesquisa Ibope).
Ciro falou sobre o convite para ser vice na chapa que era encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PT chegou a registrar a candidatura de Lula, mas ela foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa.
O partido, então, trocou o nome de Lula pelo de Fernando Haddad, que havia sido registrado como vice, em 11 de setembro.
"O Lula, via Dilma Rousseff, via Roberto Requião, via Gleisi Hoffmann, me cercou por todos os lados para eu aceitar ser o vice dele de araque. Porque, todo mundo sabia, como eu cansei dizer, que era uma enganação do PT, que não iam deixar o Lula ser candidato. E, se eu aceitasse isso, eu seria o sucessor dele. Por que eu não aceito isso? Porque o poder, para mim, é só uma ferramenta de fazer as coisas acontecerem. O Brasil não suporta mais um presidente fraco, um presidente sem autoridade, um presidente que tenha que consultar o seu mentor", afirmou.
Ciro falou sobre a eleição de Dilma Rousseff, "em cima da popularidade do Lula". Para ele, apesar da boa intenção, ela não tinha experiência nem maturidade política. Ele também disse que Haddad "aceitou desempenhar um papel que o diminui profundamente".
Jair Sampaio