Polícia Civil da PB vai investigar vazamento de áudio com declarações de menino sobre crime contra a própria família

Delegado-geral André Rabelo admite erro, mas nega dolo no caso. De acordo com ele, falha não muda o trabalho cauteloso e bem sucedido que foi realizado.
Por g1 PB
A corregedoria da Polícia Civil da Paraíba vai investigar o vazamento do áudio em que o menino de 13 anos confessa ter matado a mãe e o irmão mais novo e ter baleado o pai. O ato infracional aconteceu no sábado (19), no município Patos, Sertão da Paraíba, e as declarações da criança infratora acabaram sendo divulgadas via redes sociais nesta segunda-feira (21).

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, é necessário "aprender com os erros" e evitar que esses se repitam. Mas ele próprio admite que houve um erro "não doloso" por parte do delegado do caso, Renato Leite.

"A corregedoria está com o caso e eventuais crimes vão ser investigados. Se previsar, vai haver responsabilização dos envolvidos", destacou.

De toda forma, André Rabelo explica que o próprio delegado já admitiu que houve um erro da parte dele. Que, ao enviar algumas informações, enviou junto, por engano, o áudio com as declarações do menino. "Houve uma falha. O próprio delegado ficou surpreso e reconheceu o erro", declara Rabelo.

O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba ponderou ainda que o erro não pode minimizar o trabalho célere que acontece. "Foi um trabalho cauteloso muito bem sucedido. Esse erro não pode macular o papel que o delegado Renato Leite desepenhou no caso".

André Rabelo comentou por fim que a divulgação do áudio é ilegal e que quem faz isso também comete crime. Ainda assim, ele reconhece a dificuldade de limitar essa divulgação. "É tudo muito rápido", admite.

Entenda o caso

Um menino de 13 anos confessou que matou a tiros a mãe de 47 anos e o irmão mais novo de sete anos no sábado (19). O pai do garoto, de 57 anos, ficou gravemente ferido. Segundo a polícia, ele cometeu o ato infracional porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.

O menino foi apreendido pouco depois dos tiros e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil em Patos. Ele esteve acompanhado de uma advogada e de uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.

No domingo (20), ele foi foi enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa, onde ficará a disposição da justiça.
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