Mário Bigode, um dos chefes do tráfico da Maré e morto pelo Bope, era procurado por homicídio e conhecido por esquartejar rivais

Ele morreu durante confronto no Parque União, no Complexo da Maré, nesta sexta-feira (25).
Por Eliane Santos, g1 Rio
Mário Bigode, à esquerda, e dois seguranças — Foto: Reprodução
Morto nesta sexta-feira (25), em confronto com o Bope, Mário Silva Ribeiro Leite, o Mário Bigode, de 38 anos, era um dos traficantes de drogas mais procurados do Rio de Janeiro.

Ele chefiava o tráfico de drogas no Parque União, no Complexo da Maré, desde 2014, quando assumiu o posto deixado por Eduardo Herculano da Silva, o Avião, que foi preso. Bigode virou então o braço direito de Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga.

O traficante respondia a mais de 30 processos, sendo que o mandado de prisão em aberto mais recente era pelo assassinato de Gabriela Oliveira de Freitas. Ela foi sequestrada no dia 12 de maio de 2019, no Parque União, e teve o corpo encontrado na Baía de Guanabara, dois dias depois.

Segundo investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), a vítima foi abordada pelos traficantes Valdecir Nunes da Silva, vulgo Kaká Açougueiro, que foi preso na época e morto posteriormente, e Mário Silva Ribeiro Leite, o Bigode.

Traficante matava e esquartejava

Eles fizeram buscas no celular de Gabriela e concluíram que ela era informante da polícia. Testemunhas disseram que ela teria sido arrastada para um local conhecido na comunidade como "Peixaria", onde os traficantes executavam pessoas.

Gabriela foi esfaqueada, teve seu corpo esquartejado e jogado na Baía de Guanabara. Sua morte foi autorizada por Mário Bigode, segundo as investigações. Os restos mortais de Gabriela foram encontrados na Baía da Guanabara no dia 14 de maio de 2019.

O Ministério Público ofereceu denúncia contra Bigode pelo homicídio qualificado da jovem, ocultação de cadáver, tráfico de drogas e concurso material.

A prática de esquartejar inimigos era uma espécie de assinatura macabra do traficante, que também foi investigado pelo homicídio de Raphael Rodrigues da Paixão, o DJ Chorão, morto por esquartejamento em setembro de 2012. Seu corpo também foi jogado na Baía de Guanabara.

Bigode também tinha forte atuação em roubos de cargas e de veículos. Algumas armas dele tinham a figura de um tubarão, que fazia referência a um outro apelido do traficante.
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