Segundo parecer de Lindôra Araújo, há indícios de porte ilegal por parte da deputada bolsonarista; vice-PGR, porém, não apresentou denúncia criminal
Em parecer enviado ao STF nesta segunda-feira (19), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, recomendou a apreensão de uma arma de Carla Zambelli (foto) por “indícios” de porte ilegal.
Trata-se da arma que a deputada bolsonarista sacou contra um homem durante uma briga política nos Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno.
No parecer enviado a Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo, Lindôra argumentou que é necessário adotar medidas cautelares, como a apreensão da arma de Zambelli, para evitar novos delitos.
“A existência de indícios de autoria e de materialidade do delito de porte ilegal de arma de fogo torna necessária a adoção de medidas cautelares tendentes a evitar a prática de infrações penais desse mesmo jaez, seja mediante a suspensão do direito ao porte de arma, seja mediante a entrega voluntária, seja ainda pela via da busca e apreensão pessoal ou domiciliar do armamento utilizado para cometer o delito”, escreveu a vice-PGR.
Lindôra, porém, optou por não apresentar denúncia contra a deputada. Caso a bolsonarista passasse a responder por crime comum no STF, ela correria o risco de perder o mandato ou até ser presa por ordem dos ministros.
Reeleita em 2022, Zambelli ficou em segundo lugar entre os deputados federais mais votados no estado de São Paulo, com mais de 946 mil votos.
Com informações: oantagonista