PF indicia líder do governo e filho deputado por corrupção; defesa fala em 'criminalização da política'

PF concluiu inquérito e pediu que STF bloqueie R$ 20 milhões da dupla. Fernando Bezerra Coelho teria recebido propina de R$ 10 milhões quando era ministro de Dilma.
Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília
A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter reunido indícios de que o líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), recebeu propina de R$ 10 milhões de empreiteiras quando foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff.

A informação foi enviada ao STF com a conclusão do inquérito da PF. A corporação indiciou Bezerra Coelho e seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade ideológica eleitoral.

A PF pediu que seja decretado o bloqueio de R$ 20 milhões dos dois. Em nota, a defesa do senador Fernando Bezerra Coelho diz que a investigação nasceu da "palavra falsa de um criminoso confesso" e é uma "tentativa de criminalização da política".

"A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho esclarece que o relatório final do inquérito 4513 não passa de opinião isolada do seu subscritor, que, inclusive, se arvora em atribuições que sequer lhe pertencem, sem qualquer força jurídica vinculante. Essa investigação, nascida da palavra falsa de um criminoso confesso, é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas", diz a nota, assinada pelos advogados André Callegari e Ariel Weber.

O relatório da PF foi encaminhado pelo STF para a Procuradoria-Geral da República, que vai decidir se há elementos para denunciar os parlamentares.

Em 2019, a Polícia Federal fez buscas nos gabinetes dos dois políticos no Congresso Nacional. 
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